26.1.11

Inscrições para Programa Ação Jovem

Prezados,


As inscrições para o Programa Ação Jovem da Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Estado de Minas Gerais - CVB-MG, estarão abertas do dia 07 a 11 de Fevereiro de 2011, de 08:30h às 11:30h e de 13:30h às 17:00h, na sede da Cruz Vermelha Brasileira.

O que é o Programa Ação Jovem?

v      É um programa socioeducativo da Cruz Vermelha no qual jovens com idade de 15 a 16 anos participam de um Curso de Capacitação para o Trabalho com a possibilidade de serem encaminhados para o mercado de trabalho.

PRÉ-REQUISITOS:

Quem pode participar?

v      Podem participar adolescentes de ambos os sexos com idade entre 15 e 16 anos.
v      Escolaridade exigida: Cursando a partir do nono ano (antiga 8ª série) do ensino fundamental (Ultimo ano do ensino fundamental).

Quais os documentos necessários?

v      Carteira de Identidade (original ou protocolo);
v      CPF (original ou protocolo);
v      Declaração escolar original, recente e sem rasura (mês de janeiro ou fevereiro de 2011).

IMPORTANTE:

ü       A Inscrição não é garantia de participação no Programa Ação Jovem;
ü       A ordem de chegada do candidato não interfere no processo de seleção;
ü       Poderão inscrever-se somente os candidatos que atenderem a todos os pré-requisitos acima.
ü       A ficha de inscrição deverá ser preenchida exclusivamente pelo adolescente na sede da Cruz Vermelha.


Local da inscrição: Alameda Ezequiel Dias, 427 – Centro (sede da Cruz Vermelha Brasileira)

-- 
Paulo César
Centro de Apoio ao Adolescente
Cruz Vermelha Brasileira - FMG
Tel.: (31) 3239-4200

18.2.07

Cronica do Verissimo de 1995

Eta nóis (16/2/95)

O mito da peculiaridade brasileira, de que não somos parecidos com nenhum outro povo da terra, custa a acabar. Todos os povos, claro, se consideram diferentes de todos os outros, mas no nosso caso não é só um exagero de auto-estima, é uma precondição de existência. Precisamos do mito para nos governarmos e nos aturarmos. Nossa convivência como sociedade depende da vigência do mito. Não como folclore, consolo pelos nossos vícios (“brasileiro é assim mesmo”) e celebração das nossas espertezas e talentos, mas como crença firme, oficial, de que a Providência, por alguma razão, nos liberou das leis de causa e efeito que regem o resto do mundo. Talvez pela nossa simpatia.

Desde o começo do Plano Real, passando pela eleição do Éfe Agá e chegando até a última manifestação do presidente, vivemos uma fase de especial vigor do mito da peculiaridade brasileira. Derrotamos a inflação sem ofender as leis do mercado e sem recessão aparente, estamos contendo o consumo, mas com aumento de produção e sem desemprego, seguimos à risca toda a receita neoliberal, mas não se preocupe, isto não é neoliberalismo, o governo depende para governar socialdemocraticamente de uma estrutura parlamentar dominada pelo reacionarismo, mas não vai barganhar sua alma - mesmo porque ela já está prometida ao empresariado paulista - e cumprirá todas as suas promessas aos “excluídos”, com ou sem dinheiro. Como tudo isso é possível? Não é possível, é o Brasil. Vivemos sob o signo do Eta Nóis.
Nos desenhos animados, às vezes acaba o chão, mas os personagens continuam a caminhar no vazio. Só caem quando se dão conta de que estão pisando em nada. Mas, se não se dessem conta, atravessariam o abismo. Adote esta técnica para ajudar Éfe Agá a nos levar até o outro lado. Não faça perguntas, não estranhe nada - e acima de tudo NÃO OLHE PARA BAIXO!

30.1.07

Como nasce um paradigma

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.

Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.

Um terceiro foi trocado e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

17.8.06

Cio da terra – Brasil

Bom, que o ser humano é soberano em ciência e que domina o planeta, não resta dúvida, mesmo assim não deixamos de ter atitudes de animais irracionais. Aliás, os animais mesmo não poluem a natureza, não foco. Estamos chegando a mais uma festa de carnaval e vamos pensara espetáculos de alegria pode vir a tornar-se um ser comum.
Que delícia é o carnaval, ainda chego ao Rio de Janeiro e na Bahia também. Quantos turistas estrangeiros rodam pelas cidades pólos, chegam de todas as partes alucinados pelo bummm farto que nesta terra da juntamente com eles própria nação tupiniquim reforça a idéia de “liberdade”, de lei áurea da sexualidade, é como quebrar os grilhões da clausura – como se no dia-a-dia nada acontecesse.
O governo faz campanha forte do uso da camisinha pra rolar a festança com segurança, é nessa mobilização é que achamos o lado animal desprovido de raciocínio. Se o homem não faz sexo por prazer, faz por amor e não tem dia nem hora, tudo certo? Então, onde está o lado ilógico?
Se o carnaval é a manifestação da alegria coletiva, da folia, pode ser também a expressão do cio da humanidade.
Não se trata de puritanismo. Se todo dia é dia de fazer amor, é preciso encarar qualquer coisa em nome do carnaval? Quantos com certo receio acham que deixara pra trás meninas enluaradas, e um até brincam. E a AIDS pior ainda, como prolifera em nome da festa pagã que não tem nada a ver com isso. Festividade e gozo não combinam com doença criança indesejada.
Não podemos esquecer que no decorrer do ano todos os dias há pessoas que se contaminam com as DST, adolescentes engravidam, os adventícios vêm para nosso nordeste atrás do turismo sexual. É preciso formação, informação, preservação do ser humano, o carnaval não pode completar esse ciclo.
Por que não pular, dançar, ir pra farra, paquerar... Vamos curtir sem necessariamente matar o que há de mais belo e sofrível, os sentimentos.
Considerar sermos seres diferentes a amados por Deus, não é preciso comportar como outros simples mortais.
Bruno Emilio/estudade do 5ºperiodo de Serviço Social
texto de 2004

21.7.06

Está certo poque eu sou Doutor


André Azevedo da Fonseca

Nesses diversos congressos, seminários e simpósios que tenho participado pelo país, observei alguns comportamentos muito curiosos de determinada estirpe de intelectual acadêmico. Evidentemente, anotei algumas peculiaridades para compor um personagem encantador.
Diploma de 1º grau, 2º grau, graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado, PhD e upa, upa, lá vem o Prof. Dr.! Ele não vem sozinho. Carrega consigo uma maletinha onde guarda sua coleção de diplomas para o caso de emergência: nunca se sabe quando precisará de um. Prudência e uma citação qualquer de Wittgenstein não fazem mal a ninguém.
O Prof. Dr. detesta conversar com pessoas que se recusam a ficar imediatamente fascinadas com seus comentários. Considera estúpido qualquer indivíduo incapaz de perceber que, por trás de seu bom dia, há anos e anos de estudo. Acha indecente colegas que, em sua presença, tratam de assuntos que não dizem respeito à sua tese. Um desperdício de tempo inadmissível para um PhD como ele.
Irrita-se profundamente quando uma balconista, um taxista ou um garçom dirige-lhe qualquer comentário, ou mesmo uma pergunta. Ouvir a voz de pessoas estúpidas pode intoxicar sua consciência, da mesma forma que comida estragada intoxicaria seu organismo. E sem um diploma, como o sujeito vai provar que não é um deficiente mental?
Porém, o Prof. Dr. não demonstra mau-humor, por entender que todos os seres vivos merecem consideração. Por isso, desenvolveu uma técnica pantomímica que simula expressão facial de intenso interesse em qualquer circunstância. Enquanto o ignorante fala, ele procura dispersar o pensamento, ou direcioná-lo para a reflexão de conceitos abstratos. Só fica atento na movimentação da boca do sujeito. Quando eventualmente o intelectual se distrai de suas abstrações e se vê diante a ameaça de prestar a atenção ao interlocutor boçal, interrompe com um meio-sorriso, diz "muito bem" ou "que ótimo!", finge que o celular vibrou e escapole daquela situação em contorções impossíveis. Sofre náuseas, labirintite, falta de ar, e só melhora quando repete para si mesmo: razão, consciência e hermenêutica, sou Prof. Dr.; razão, consciência e hermenêutica, sou Prof. Dr.!
Na verdade, o Prof. Dr. tem até alguma simpatia pelos raros iletrados que se põem a admirá-lo; porém, nunca dirige mais do que duas ou três palavras a eles, pois sabe que não vão entender mesmo. Quando ouve uma pergunta, desconversa dizendo: "é isso mesmo". Depois sai de fininho.
O Prof. Dr. invariavelmente se aborrece quando participa de simpósios, pois sempre aparece um retrógrado que contesta suas afirmações incontestáveis, especialmente aquelas baseadas nos dogmas da nova ciência. Mas ele não se intimida. Acaricia sua pasta de diplomas e, quando se sente encurralado no meio da argumentação, fuzila: "escute rapaz, isso que você diz é ridículo, você está errado, pois sou Dr!" Com um argumento desses, de fato, encerra-se a discussão.
O Prof. Dr. tem várias cartas na manga para vencer pelejas acadêmicas. Quando alguém expõe um assunto que ele não domina, o Prof. Dr. diz que isso não tem a mínima relevância. Quando apontam nele falhas de raciocínio, O Prof. Dr. atribui a um pensador consagrado na bibliografia e exime-se da responsabilidade da argumentação. Quando percebe que o interlocutor está prestes a fazer uma conclusão perspicaz, o Prof. Dr. interrompe bruscamente, expõe objeções fictícias, faz rodeio e conclui, triunfante, exatamente aquilo que o interlocutor estava prestes a concluir.
O Prof. Dr. esforça-se de forma sobre-humana para exibir-se em sociedade como um ser humano igual a qualquer um. Treina no espelho um olhar que pareça, ao mesmo tempo, cúmplice e superior, sincero e blasé, atento e descontraído. Cultiva uma extravagância inofensiva porque entende que é de bom-tom ter estilo. Amante da sociologia e da antropologia, idealiza e diz amar, com alma terna, a ingenuidade da sabedoria popular. Não perde a oportunidade de demostrar afeto aos iletrados quando o tema é debatido na universidade. Amante da música, obriga-se a ouvir os clássicos por pelo menos vinte minutos na semana. Quando falha, na semana seguinte ouve quarenta minutos.
Admite que ser doutor não significa, necessariamente, ser sempre racional: "é preciso sentir emoções de vez em quando". O Prof. Dr. não gosta muito de sexo, mas não se sente incomodado, porque Kant também não gostava. De qualquer maneira, faz para cumprir obrigações conjugais, quando necessário.
O Prof. Dr., evidentemente, odeia autodidatas. Tem uma ofensa na ponta da língua para esses atrevidos, citando Mário Quintana: "autodidata é um ignorante por conta própria". O Prof. Dr. prefere ser um pós-graduado, um mestre, um doutor.

http://www.revelacaoonline.uniube.br/portfolio/tvdesl.html

2.7.06

Perguntas Frequentes sobre movimento estudantil de Serviço Social

O que é um C.A. ou D.A.?

O C.A., Centro Acadêmico, ou D.A., Diretório Acadêmico, é uma entidade criada para representar os alunos de uma faculdade ou curso. Seus integrantes são eleitos para defender os direitos e os interesses dos alunos dentro da instituição. É importante lembrar que todo trabalho realizado no C.A. ou D.A. é parte da militância política e não remunerado.

C.A. não é a mesma coisa que D.A. ?

Teoricamente não. O C.A. é responsável pela representação de um único curso dentro de uma instituição, já o D.A. representa mais de um curso dentro da mesma instituição. (Ex.: D.A. da Faculdade de Letras, Pedagogia e Psicologia da Universidade X; C.A. do Curso de Jornalismo da Faculdade Z).


E o D.C.E.? onde entra nessa história?


O D.C.E. , Diretório Central dos Estudantes, é mais comum em grandes universidades, que possuem muitos cursos.Nesse caso, os C.A.s e/ou D.A.s da instituição podem optar por criar um D.C.E., do qial todos farão parte. Este, passa a ser o órgão máximo de representação dos estudantes dos diversos cursos, dentro e fora da instituição.

O que é a UNE ?

A UNE, União Nacional dos Estudantes, é a única entidade estudantil existente para representar e defender o interesse dos estudantes em âmbito nacional.

Qual a importância dos C.A.s e D.A.s ?

O princípio básico é o que já foi dito: representar os estudantes dentro de uma instituição, reivindicando seus direitos e procurando soluções. A Lei 7.395, de 1985, assegura aos estudantes de nível superior o direito à Organização de Centros ou Diretórios Acadêmicos. Se a sua faculdade ainda não tem um, saiba que organizá-lo é muito simples, basta boa vontade! Todos os alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação podem participar.

qual a Importância dos C.As e D.As

Para quem não sabe, estas instâncias estão garantidas pela lei n.º 7.395, de 31 de outubro de 1985, do artigo 4º da Constituição Federal: “Fica assegurado aos estudantes de cada curso de nível superior o direito a organização de Centro Acadêmico ou Diretórios Acadêmicos, como suas entidades representativas”.
Estes órgãos estudantis se inserem dentro do movimento estudantil como os demais movimentos sociais.
A importância em se criar um C.A. ou D.A, está diretamente ligada às conquistas de melhores condições de ensino para os estudantes como: salas com números menores de alunos; campo de estágios remunerados com supervisão; ensino de qualidade com professores avaliados e atualizados; incentivo a pesquisa com financiamento via CNPq, CAPES e a defesa do Tripé Social da Universidade – Ensino, Pesquisa e Extensão.
É um espaço de autonomia dos estudantes e financiado pela organização dos estudantes, para poder trabalhar sem sofrer interferências de outras instituições organizadas, para lutar por seus objetivos na construção de um projeto educacional, crítico, ético e político.
A participação nestes órgãos possibilitam uma abertura de horizontes na formação profissional do estudante no campo cultural, político, econômico e de lazer, podendo participar de encontros com outras organizações sociais e intevir nos órgãos maiores de sua categoria, UNE (União Nacional dos Estudantes) e UEE ( União Estadual dos Estudantes ) e Executivas e Federações de cursos.
Em relação ao espaço físico da entidade a lei que assegura a nossa organização não prevê nada, o que temos na pratica e a luta política dos estudantes para conseguirem um espaço na universidade ou Faculdade, dialogando com os setores responsáveis e também e claro fazendo pressão isso porque temos o direito de nos organizarmos.
Em relação questão financeira fica a criatividade de cada alguns alugam uma parte de seus espaços, outros vivem de contribuição que e retirada do boleto de mensalidades ou do vestibular, e outros criam políticas de financeira como sorteios rifas etc, de tudo chamamos atenção que a entidade teve ter autonomia, ou seja, não ficar presa a quem a possa a financiar como a universidade, empresas ou partidos, outro detalhe e ser queremos construí um movimento que construa o coletivo e pontecialize sua consciência critica não a como estabelecer aos estudantes contribuições compulsórias.
Se na sua faculdade ainda não possui um desses órgãos, procure a ENESSO para obter informações de como organizar o espaço físico e financeiro. Vamos construir juntos estes espaços de formação político e profissional.
As conquistas desses direitos se tornam mais fácil quando há organização dos estudantes e não quando se está sozinho na luta.

29.6.06

Ética e Política Pública.

Há alguns dias atrás a gerente do Programa Bolsa Escola da Regional Barreiro comentava que tinha um fato que a muito a incomodava, sendo que este assunto era tema de diversas conversas informais nos corredores da prefeitura com suas colegas de trabalho, ainda que este assunto, segundo ela, nunca foi motivo de reflexão no fazer profissional dos técnicos, ligados a Programas de Políticas Públicas emergenciais na Prefeitura de Belo Horizonte.
Ela se questionava de quanto e Ético o controle do Estado na vida das pessoas que são atendidas pelas Políticas Públicas e com o novo cenário da política Brasileira, a intervenção do Estado na vida destas pessoas se agravou, já que se tornou um anseio público o acompanhamento rígido destas famílias, pois diante das denuncias de negligencia feitas pela mídia, o governo se sentiu pressionado a dar respostas concretas e numéricas à sociedade.
Sendo assim o governo aumentou demasiadamente seu nível de controle sobre as famílias atendidas por essas políticas, burocratizando o sistema ainda mais.
A gerente se perguntou ainda se realmente e necessário saber quantos bens a família tem em casa, quais as doenças que já tiveram, quem separou e o porquê, quem estuda quem nasceu quem morreu, e quem não estuda e etc, e tudo isso tendo que ser comprovado através de documentos.
Ela percebe que as visitas domiciliares e as entrevista não tem um caráter de construção de cidadania, mas sim punitivo não considerando a historia de vida do sujeito à técnica ainda salienta que entende que se deva ter algum controle na vida destas pessoas, pois tal poder de intervenção e dado pela própria sociedade, mas até quanto esta intervenção não fere os direitos de privacidade do usuário, porque tanta liberdade e dada ao Estado?
Pobre não tem direito a privacidade?
Para gerente este assunto não teria outra forma de ser discutido a não ser pelo foco da Ética, ate porque ,esta forma de intervenção é legitimada e apoiada por grande parte da sociedade.
Em um Estado tão burocratizado existe pouco espaço para discurso sobre a moral e a Ética, pois segundo Marilena Chaui os antigos pensadores chegam à conclusão que a política deve ser regida, pelos valores da virtude e assim vão separar ética da política.
Como relata a própria Chaui em seu livro convite à filosofia reproduzindo o pensamento de Maquiavel que segundo ela inaugura tal discussão:

“A lógica política nada tem a ver com as virtudes éticas dos indivíduos em sua vida privada. O que poderia ser imoral do ponto de vista da ética privada pode ser virtu política.”

Segundo Hannah Arendt no texto sobre a violência ela afirma que a burocracia é o “governo de ninguém”.
Sendo assim este tipo de lógica não considera os usuário como homem provido de direitos, mas sim um objeto, ou seja, um simples numero.
Este desafio se resume em como ter controle do gasto do dinheiro público respeitando o espaço individual do usuário.
A meu ver se trata realmente de uma questão Ética , pois passa pela subjetividade do usuário e do interventor público pois somente no contato individualizado podemos amenizar os efeitos da burocratização.
Faz-se necessário profissional que em sua capacitação esteja implícita a ética com a capacidade moral de dizer simples palavras como: “por favor”, “muito obrigado”, ”desculpa” e “posso entrar”.
Grande parte dos profissionais não consegue perceber o usuário como o “outro”, relacionado com este fato veja como retrata Adorno em Mínima Moralia : reflexões a partir da vida danificadas a imagem do homem moderno :

“A frieza apodera-se de tudo o que fazem, da palavra amistosa que permanece impronunciada, da consideração que não e praticada.”

O homem contemporâneo se torna cada vez mais frio e insensível às questões “humanas” incapaz de perceber subjetividades.
Portanto, a separação da ética da política significa a desumanizarão da política, negando o motivo pela qual ela existe como afirma Chaui:

“Se a política tem como finalidade a vida justa e feliz , isto é, a vida propriamente humana digna de seres livres, então e inseparável da ética”.

Referências bibliográficas

CHAUI, Marilena, Convite a Filosofia, 12ed, São Pulo – SP, 2001, editora Ática.
ADORNO, Theodor.Mínima Moralia: reflexões a partir da vida danificada.Ática.p.35-36.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.Texto sobre a violência.

Transcrição resumida da palestra sobre Ética transmitida pela TV Cultura, em março de 1994, feita pelo Prof. Antonio Aurélio Oliveira Costa.

Um palco de ilusões

Estamos todos envolvidos em um grande espetáculo, um verdadeiro teatro, onde a peça representada é o drama na negligência que devora os ideais do ensino acadêmico, que em sua origem representa a preservação e a produção do saber, e que nos dias hoje, vê reduzido a uma reles mercadoria nas mãos das empresas do ensino privado como a PUC.
O ingresso é caríssimo, alguma coisa em torno dos R$400,00. E fica mais caro a cada temporada!As instalações são as piores possíveis. O elenco, salvo raras exceções, é miseravelmente medíocre. O público é uma platéia condenada ao silêncio, que finge compreender os dizeres de alguns atores que fingem convencer. O diretor nunca se apresenta, mas certamente não passa de mais um oportunista que se esconde atrás do legado do Cristo. E os patrocinadores?
Que são eles?
São todos aqueles que não percebem que estão sendo moldados como mão-de-obra dócil e boçal, que tem como fim último, alimentar um mercado estéril.
São os acomodados que não lançam mão do discernimento para diagnosticar as mazelas. São os cegos que criticam os colegas que questionam. São aqueles que não conhecem o propósito de um diretório acadêmico. São as crianças que se calam em troca dos doces 60% necessários para a aprovação.
São os entorpecidos que condenam os poucos professores que agem como tal.
São os covardes que se rendem perante as falácias. São os reacionários inconscientes que se embriagam como presente e sabotam o futuro. E, sobretudo aqueles que não enxergam sentido nessas palavras.
Os patronos desta tragédia são os próprios alunos, que pagam por uma formação que não recebem de fato. Um precipício separa o curso que temos daquele que poderíamos ter. Isso porque a estrutura do curso de Serviço Social está muito distante daquela almejada por todos nós, haja vista a insatisfação de grande parte dos alunos. A nossa auto-estima se encontra em frangalhos, mas nosso potencial é enorme. Podemos e devemos influenciar a gestão do nosso próprio curso, através da mobilização estudantil e das prerrogativas que detemos enquanto cidadãos. Somos um barril de pólvora.
Somos o sol do inverno. Somos os pilares que sustentam a própria universidade. Apenas ainda não tomamos consciência disso.
Ass.: Avatar



M.C.M – Movimento de Conscientização e Mobilização

A questão da inimputabilidade penal

A questão da redução da idade penal no Brasil, e um tema que gera muita polêmica, pois grande parte da população tem equivocada crença que a questão de jovens com pratica de atos inflacionais serão resolvidas com culpabilização ou severa punição aos mesmos, ou seja, entendem a exclusão social como “caso de policia” pensamento este digno da Europa Medieval.
A questão da violência não será resolvida na esfera policial, mas sim com garantia de direitos, uma vez, que tais direitos já foram reconhecidos em nossa legislação, temos agora como grande desafio a efetivação deles na pratica.
Experiências observadas em outros paises que apresentam soluções radicais punindo jovens e adolescentes chegando ate mesmo a pena de morte, não se percebeu nenhuma diminuição da escalada da violência, pois é preciso entender que estes jovens estão em formação de seu caráter moral, assim cabe as autoridades e a sociedade apoiar no que for preciso para o desenvolvimento deste.
A sociedade não pode cair nesta maneira simplista e imediatista para resolução dos problemas que envolvem jovens, em conflitos com a lei, pois somente com uma nova postura podemos realmente combater as raízes da violência em nossa sociedade, e assim pautando-se na visão que a exclusão leva a violência, e preciso pensar simplesmente sobre efetivação da cidadania infantil, ou seja, “a revolução francesa com 200 anos de atraso”, para os jovens e adolescentes no Brasil.
Esta nova concepção da política de atendimento aos jovens infratores somente é possível com a real participação da população fiscalizando e pressionando as autoridades para uma nova concepção institucional que realmente ataque as raízes da violência e promova a resocialização destes jovens, efetivando o direito a infância, educação e a devida proteção.
No dia 19 de março de 2006 foi exibido pela primeira vez no Fantástico o documentário Falcão – Meninos do trafico, que chocou o Brasil, mostrando a realidade, na qual diversas entidades vinham denunciando há anos e que sociedade “fingia que não via” ,simplesmente estavam cegos e surdos quanto a garantia de direitos de crianças e adolescentes.
Resta saber se este alerta exibido no documentário servirá para mudança de olhar ou será só mais uma “pauta do dia”.